Assaltantes de banco presos em casa de praia em Aquiraz, portavam fuzis de guerra

Daniel Félix da Costa, o "Bombado", cearense Marcos de Oliveira Silva, de São Paulo

Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) capturaram mais dois integrantes de uma quadrilha de assaltantes de bancos desarticulada há duas semanas, a partir da prisão de um ex-PM e gerente de uma agência do Banco do Brasil. Com os acusados, a Polícia encontrou um armamento que incluía dois fuzis militares de uso restrito. Ao grupo são atribuídos, pelo menos, nove ataques a bancos no Ceará nos últimos meses. Durante o fim de semana passado, a equipe daquela Especializada, sob o comando do delegado Raphael Vilarinho, descobriu uma casa de veraneio, na Prainha, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), onde estavam os dois componentes da quadrilha. Depois de detidos, eles foram identificados como Daniel Félix da Costa, o “Daniel Bombado”, 28 anos, cearense; e o paulista Marcos Oliveira Silva.

 Os dois homens são donos de extensas fichas criminais que incluem crimes como roubo a instituições financeiras, assassinatos, formação de quadrilha, porte ilegal de arma e até assassinatos. “Daniel Bombado” é “velho conhecido” da Polícia cearense por assaltar bancos e carros-fortes, além de realizar fugas e resgates em presídios e delegacias.

Fuzis de uso militar estavam em poder dos criminosos para ataques a bancos e carros-fortes



Entre o arsenal, um fuzil calibre 5.67. Pela primeira vez, arma deste porte é localizada no Ceará

Segundo a Polícia, em poder dos assaltantes foram encontradas, pelo menos, cinco armas de fogo, entre elas, dois fuzis, dois revólveres e uma pistola, além de muita munição. Chamou a atenção das autoridades os fuzis que estavam com os criminosos. Um deles de calibre 7.62. O outro, de calibre 5.67. Segundo o delegado, pela primeira vez no Ceará foi encontrada uma arma com este calibre, um armamento de guerra, extremamente potente.

"Sapatinho"

Conforme Vilarinho, a quadrilha teria assaltado, ao menos, nove agências bancárias. Algumas delas sofreram explosões. Mas o bando também fez ataques armados e praticava também roubos bancários antecedidos do seqüestro de funcionários e seus familiares, crime de assalto a banco conhecido na linguagem policial como “sapatinho”.

Fonte:Fernando Ribeiro