O gaúcho Marcelo Barberena Moraes, 37 anos, réu confesso do assassinato de sua esposa e da filha mais nova do casal, de apenas 8 meses de vida, permanece preso na sede da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Fortaleza. Ele deverá ser indiciado por duplo assassinato triplamente qualificado e e pode responder por feminicídio, a mais nova lei penal brasileira, em vigor no País há somente cinco meses. O crime de feminicídio está previsto na lei federal de número 13.104, sacionada pela Presidente Dilma Rousseff no dia 9 de março último. Ela pune com pena de 12 a 30 anos de prisão em regime fechado o autor de crime de homicídio contra mulher decorrente de violência doméstica e/ou familiar ou de menosprezo. O crime continua repercutindo no Ceará e no País. Na madrugada de domingo último, Barbebera assassinou, a tiros, a esposa, Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, 38 anos; e a filha mais nova do casal, a pequena Jade Pessoa de Carvalho Moraes. Os corpos foram encontrados num dos quartos da casa de veraneio onde a família passava o fim de semana, na cidade de Paracuru, no litoral Oeste do Ceará (a 100Km de Fortaleza).
Na tarde de ontem (24), a Polícia Civil voltou ao local do duplo homicídio e conduziu até lá o acusado. Até então, Marcelo Barberena vinha negando ser o autor dos crimes. Contudo, diante das evidências de autoria e das provas que a Polícia e Perícia Forense colheram, ele decidiu, então, revelar que matara a esposa e a filha.
Armas
Nas buscas no apartamento do casal, os policiais apreenderam nove armas de fogo, algumas pistolas de fabricação artesanal e armas de fogo industrializadas, como revólveres de diferentes calibres. Ao ser interrogado sobre o armamento, Marcelo contou que elas pertenceram aos seus avós se a seus pais. Seriam, segundo ele, “relíquias de família”. O armamento foi recolhido à DHPP e deverá ser remetido à Perícia Forense do Ceará (Pefoce) para exames periciais, assim como o revólver de calibre 38 encontrado pela perita Sõnia Silva na residência onde ocorreram os crimes, em Paracuru.
A Polícia também quer descobrir se um irmão de Marcelo teve envolvimento no crime, já que ele tentou sustentar uma versão falsa sobre o crime, quando disse não ter ouvido os estampidos na madrugada de domingo. Também teria ligado para a Polícia afirmando que a residência teria sido alvo de um suposto assalto. O advogado criminalista Leandro Vasques, contratado pela família das vítimas para atuar no acompanhamento do inquérito e, posteriormente, no processo, informou que, se ficar provado que o irmão mentiu propositadamente para proteger o assassino, pode ser responsabilizado criminalmente, devendo ser indiciado por falto testemunho.
Fernando Ribeiro
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