A população do distrito de Trussu em Acopiara-Ce, está pedindo socorro diante da crescente epidemia de uma doença que no momento tem dezenas de pessoas contaminados. Segundo agentes de endemias foram encontrados vários focos do mosquito Aedes aegypti em algumas residencias daquele distrito. Á cada dia surgem novos casos. Os hospitais de Acopiara e Catarina estão com dezenas de pessoas do Trussu hospitalizadas.
Aedes aegypti é vetor de zika, dengue, chikungunya
e febre amarela. O Ceará já tem 915 casos de febre chikungunya confirmados em 2016, de acordo com Boletim Epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (20) pela secretaria de Saúde do Estado (Sesa). Dos 3.930 casos suspeitos notificados no período, 416 (10,6%) casos foram descartados e 2.599 (66,1%) seguem em investigação. Assim como a dengue, vírus da zika, febre amarela e síndrome de Guillain Barré, a febre Chikungunya é transmitida pelo vírus Aedes aegypti. O boletim mostra que a maioria dos casos confirmados ocorreu em adultos, predominantemente na faixa etária de 51 a 60 anos.
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa “aqueles que se dobram”, em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, ela pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue. O risco aumenta em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles também picam principalmente durante o dia.
Diferentemente da dengue, que tem quatro subtipos, o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já pegou dengue não está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos sintomas parecidos e da forma de transmissão similar, tratam-se de vírus diferentes.
Sintomas
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
FONTE: G1-CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário